Se quiser ler mais histórias com valores e outros textos, visite o blogue lerpensar.wordpress.com
Votos de boas leituras!
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Votos de boas leituras!
Preferia ter rosas na minha mesa que diamantes ao meu pescoço.
Emma Goldman
A minha mãe adora flores. Assim que vem o tempo quente, irão encontrá-la a plantar, a adubar, a regar, a tirar ervas daninhas, a preocupar-se com tudo, desde túlipas a crisântemos. Durante uma série de anos vivemos lado a lado uma da outra, e ela passava tanto tempo no meu jardim como no dela. Em cada verão, depois de os botões ficarem em flor, ela cortava ramos coloridos para alegrar o interior das casas — tanto a dela como a minha. Muitas vezes eu chegava a casa, vinda do trabalho, e encontrava um belo arranjo de flores frescas na minha mesinha do café ou no meu móvel de lavatório da casa de banho.
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Era uma vez uma fonte à beira da estrada. Os pardais das árvores vizinhas tinham ali o seu ponto de encontro.
Matavam a sede, tomavam banho, chilreavam uns com os outros.
Descubro no meio do lixo todo que leio todos os dias (somos invadidos por ele e às vezes nem o podemos deter, porque aparece em cima do que estamos a consultar e obriga-nos a esperar x minutos para nos livrarmos dele) uma notícia muito bonita – ainda que, curiosamente, tenha também que ver com… lixo. É verdade: em Ancara, na Turquia, abriu em setembro uma biblioteca pública formada quase exclusivamente por livros abandonados e deitados fora, que foram sendo recolhidos por homens do lixo.
Beber e conduzir: há coisas mais estúpidas, mas são poucas.
Anónimo
Cresci numa pequena cidade bem próximo de Savannah, na Georgia, onde ninguém fechava as portas à chave durante a noite e a maior diversão era a noitada de futebol na escola secundária todas as sextas-feiras. O único crime de que se falava era a ocasional multa por excesso de velocidade e talvez, muito de vez em quando, estourasse uma briga ao sábado à noite no único bar da cidade. É uma cidade pequena e sossegada, onde os pais querem criar os filhos longe do crime e dos perigos de uma cidade grande, e onde os adolescentes sonham em partir à procura de algo maior e melhor.
Numa tarde de abril, uns dias depois do meu vigésimo primeiro aniversário, os meus pais anunciaram que estavam prontos para me dar um presente de aniversário atrasado. Limitada a uma cadeira de rodas desde o nascimento, fui até à sala de estar onde os meus pais me aguardavam ansiosamente.
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Se eu um dia quiser tornar-me escritor, terei de ser, antes de mais nada, um grande leitor…
Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam. No canteiro das hortênsias, ao fundo do quintal, tinham começado a sair da terra mole pedaços de folhas com palavras impressas e mesmo algumas lombadas de livros. O que estaria a acontecer no seu quintal, onde tudo parecia viver na maior paz e harmonia, sem espaço nem tempo para acontecimentos inexplicáveis?
Deves tratar as pessoas com carinho, de contrário elas afastar-se-ão de ti.
Lembra-te sempre: um pequeno gesto afetuoso pode ter um grande significado.
As janelas douradas
O menino trabalhava arduamente durante todo o dia, no campo, no estábulo e no armazém, pois os pais eram fazendeiros pobres e não podiam pagar a um ajudante. Mas, quando o sol se punha, o pai deixava-lhe aquela hora só para ele. O menino subia ao alto de um morro e ficava a olhar para um outro morro, distante alguns quilómetros.
A bola bateu com um silvo no taco de alumínio, num arremesso veloz e certeiro que o meu filho Chris, jogador de uma escola básica, tinha rebatido milhares de vezes. Só que, desta vez, a bola bateu num seixo e fez uma carambola esquisita em direção à cabeça dele. Com um ruído preocupante, a bola apanhou-lhe em cheio o olho esquerdo, e ele caiu desamparado. Um arremesso infeliz e uma fratura feia.
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Vida
é o inesperado nome da menina
de pés descalços na minha cozinha.
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A avó tinha uma amiga, “Chiquinha”, a quem costumava visitar e com quem tomava chá, frequentemente. Eu não gostava quando a avó dizia, em jeito de aviso: – hoje vamos às Gavieiras, visitar a Chiquinha.
As Gavieiras, hoje, Avenida 31 de Janeiro, era uma das zonas mais bonitas da cidade, moradias novas, tílias a debruar os passeios largos, uma luz quebrada, diferente da de outras zonas da cidade mais expostas ao sol de verão. (Será que era sempre verão, naquele tempo?)
A pequena NÃO está sentada num banco do parque a comer chocolate.
É muito pequenina, minúscula e fala muito baixinho.
Chega uma senhora gorda e pergunta: Continue a ler “A pequena NÃO e a grande NÃO”
Aqueles dois nem sequer reparam que Klaus abrira a porta da sala.
“Então é aqui que está Niki, escondida atrás de umas costas altas e de uns braços compridos e verdes!”
— O namorado da nossa filha tem uns braços de aranha! — costuma dizer o pai. E também diz: — Há três meses que traz vestida a mesmíssima camisola verde! Se calhar só a tira quando ela se desfizer! Continue a ler “O namorado da minha irmã”
A todos quantos sofrem em campos de refugiados
O meu avô diz que o mundo é muito grande. Tão grande que, se juntassem todos os nossos rebanhos mil vezes, ainda sobraria espaço para mil rebanhos iguais aos nossos.
Gosto de desenhar rebanhos na areia. Quando desenhados na areia, os camelos e as cabras têm a mesma cor. Mas eu sei que cada camelo é diferente, assim como cada cabra é diferente. À tardinha, quando fecho as cabras no curral, noto sempre quando falta alguma. E sei qual é a que falta. Conheço-as todas pela cor e pelos desenhos da pele. Hoje vi que faltava a Nadjama, que tem uma mancha branca na testa, em forma de estrela. Continue a ler “A cor da areia”
Desde pequena que me diziam para não cometer os erros da minha mãe. É certo que ela não tinha tido uma vida fácil: engravidara aos 17 anos e culpava–me constantemente pelos fracassos da sua vida. Como era incapaz de tomar conta de mim, tiveram de ser os meus avós a ir buscar–me quando eu tinha seis semanas e a criar-me como se fosse filha deles. Continue a ler “Uma mudança para melhor”
A vontade de assumir a responsabilidade pela nossa vida
é a fonte de onde brota a autoestima.
Joan Didion
Fiquei grávida no fim do nono ano. Foi um choque total. Sabia que teria de enfrentar muitas dificuldades: dar a notícia aos meus pais, decidir se iria adiante com a gravidez, e descobrir que maneira eu e o Ronnie, o pai da criança, tomaríamos conta dela. Continue a ler “Ser mãe aos quinze anos”
Cresci numa pequena cidade bem próximo de Savannah, na Georgia, onde ninguém fechava as portas à chave durante a noite e a maior diversão era a noitada de futebol na escola secundária todas as sextas-feiras. O único crime de que se falava era a ocasional multa por excesso de velocidade e talvez, muito de vez em quando, estourasse uma briga ao sábado à noite no único bar da cidade. É uma cidade pequena e sossegada, onde os pais querem criar os filhos longe do crime e dos perigos de uma cidade grande, e onde os adolescentes sonham em partir à procura de algo maior e melhor. Continue a ler “Álcool”
– Estavas a tentar magoar-te, Tracy?
Os meus pulmões contraíram-se, o meu rosto ruboresceu e perdi o folgo. Em quê que me tinha metido? O rosto da assistente social aproximou-se e ela repetiu a questão várias vezes. Os seus olhos atentos observavam a minha alma e pareceu-me que conseguia ler os meus pensamentos. Sim, eu estava a tentar magoar-me a mim própria. Continue a ler “Bater no fundo”
Ser-se capaz de aceitar a diferença é um sinal de maturidade. Aqueles que são diferentes nem por isso são inferiores. É um erro levantar-se barreiras onde deveria existir o diálogo. Actos hediondos têm sido cometidos ao longo dos tempos por governantes cegos pela própria intolerância e por falsas ideias de superioridade que se estenderam às multidões como um rastilho de pólvora.
A estrela de Erika
Nota da autora
Em 1995, cinquenta anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, encontrei a mulher de que fala esta história. O meu marido e eu estávamos sentados na borda de um passeio em Rothenburg, na Alemanha. Observávamos uns trabalhadores a limparem as ruínas do telhado da Câmara. Na noite anterior, um tornado tinha-se abatido sobre esta bonita aldeia medieval. Havia entulho um pouco por todo o lado. Um velho comerciante disse-nos que os estragos causados por este tornado se assemelhavam aos da última ofensiva dos Aliados durante a guerra. O comerciante entrou na sua loja, e uma senhora, sentada perto de nós, apresentou-se como sendo Erika. Continue a ler “A estrela de Erika”
Sempre que se tem um objectivo a alcançar, deve-se ter também a força de vontade necessária para se levar a cabo o que é pretendido. A tentação de desistir é grande, sobretudo quando os obstáculos começam a surgir. Mas estes também têm a sua utilidade, porque ajudam a crescer interiormente.
A árvore que falava
Longe, muito longe… bem no coração da savana, vivia uma árvore maior e mais velha do que qualquer outra.
Abrigava, sob a sua corcha, toda a sabedoria de África.
A seus pés, por entre as altas ervas, a leoa espiava o antílope ou a zebra que se tinham afastado do grupo. Como era a única árvore das redondezas, os pássaros, que se empoleiravam nos ramos mais altos, conheciam-na bem. Também as girafas, que comiam as folhas dos ramos do meio, a conheciam. E os leões, que se estendiam sob os ramos baixos para fazerem a sesta… Continue a ler “A árvore que falava”
Há capacidades que ficam por desenvolver devido à falta de perseverança. Os verdadeiros sucessos são feitos de esforços, de desilusões, de novas tentativas e, por vezes, de muitos sacrifícios. Se as diversões forem colocadas em primeiro lugar, é provável que os frutos a colher se tornem bastante amargos.
A pedra no caminho
Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente. Continue a ler “A pedra no caminho”
Nos dias de hoje, é comum pensar-se que aqueles que são famosos têm mais valor do que a generalidade das pessoas. Mas tudo não passa de ilusão. Aqueles que têm verdadeiro valor não são os que se evidenciam em programas medíocres ou em espectáculos desportivos alienantes, mas os que se esforçam, de um modo muitas vezes anónimo, por tornar melhor o mundo em que vivem.
Como posso ajudar?
Quando isto aconteceu, Rom Dass era um jovem americano de visita ao Japão. Praticava Aikido, uma arte marcial japonesa. Sentia-se orgulhoso das suas capacidades e estava ansioso por pô-las em prática.
O comboio trepidava e oscilava pelos subúrbios de Tóquio, numa sonolenta tarde de Primavera. A nossa carruagem ia relativamente vazia – apenas algumas donas de casa com os filhos a reboque e alguns velhotes que iam às compras. Eu olhava distraído para as casas monótonas e para as sebes poeirentas. Continue a ler “Como posso ajudar?”
A ausência de diálogo leva à solidão. Muitas pessoas deprimidas acabaram no suicídio por não terem encontrado ninguém capaz de se interessar pelos seus problemas e de lhes incutir alguma esperança. O egoísmo, associado à mecanicidade do dia-a-dia, não permite a atenção ao outro, o gesto de delicadeza, a palavra que encoraja, a manifestação de afecto. Mas, sem isso, a vida torna-se árida.
Laura Flor
— Laura Flor, vem cá!
A Laura veio e era como uma flor. Delicada e suave flor igual ao nome.
Depois, foi a Maria Clara de tranças belas, castanhas, nariz arrebitado, sorriso claro – e Clara se chamava. A apertar a bata, na cintura, um cinto feito de papéis de lustro de cor, arco-íris naquela cintura de menina. Continue a ler “Laura Flor”
A precipitação pode dar maus resultados. É sempre preferível pensar antes de agir, de contrário, há fortes probabilidades de se vir a lamentar as consequências de certos actos que, depois de praticados, deixam marcas que não se podem apagar.
Marco brinca ao Bug’s Bunny
Os pais do José não têm televisão. Porém, há certos programas que ele não gostaria de perder. Por isso, duas ou três vezes por semana, lá se senta ele frente à televisão, em casa de Marco, o amigo que mora no prédio defronte. A mãe de Marco, a Sr.ª Carolina, não tem nada contra as visitas de José. É um rapazinho calmo, poder-se-ia dizer, ao vê-lo ali sentado em frente ao aparelho, com o rosto delgado e sério e as mãos sobre os joelhos irregulares. Continue a ler “Marco brinca ao Bug’s Bunny”
É um sinal de coragem ser-se capaz de enfrentar os obstáculos com serenidade e de se adaptar às circunstâncias, que, ainda que desfavoráveis, são sempre oportunidades de amadurecimento. É, em contrapartida, um sinal de cobardia maltratar os mais fracos.
A pena pesada
Kassa Kena Gananina foi antigamente o herói mais poderoso, mais temido e mais amado do povo mandinga. Um só volteio da sua arma podia matar vinte antílopes. Um só rasgo de cólera nos olhos assustava tanto as flechas inimigas que todas caíam a seus pés como para lhe pedirem compaixão. Kassa Kena Gananina era, em verdade, «aquele a quem nada podia vencer». Era assim que lhe chamavam, tanto entre os homens como entre os animais da terra e os espíritos celestes. Continue a ler “A pena pesada”
A falta de compostura e as liberdades de linguagem tomaram o lugar da correcção e da delicadeza, que ainda prevaleciam há algum tempo atrás. A mentalidade permissiva que tem vindo a instalar-se, a par de um falso conceito de liberdade, tem criado situações de grave confusão, das quais os mais jovens são as principais vítimas.
As palavras cor-de-rosa e as palavras cinzentas
Um dia, sem se saber muito bem porquê, tudo aconteceu de repente: as palavras cor-de-rosa desapareceram do planeta. O que são palavras cor-de-rosa? São palavras delicadas, como Obrigado, Faça favor, Se não se importa, És tão importante para mim. Palavras tão doces que são como mel no coração.
Seria obra do Mago Cinzento, que só gostava do salgado, do picante e do amargo? Não… Eram os homens que, vá lá saber-se porquê, preferiam as palavras picantes, amargas e salgadas. Continue a ler “As palavras cor-de-rosa e as palavras cinzentas”
A vida tem reviravoltas súbitas e as dificuldades surgem quando menos se espera. Mas é um erro responder com agressividade ou cair no desânimo. A atitude correcta é procurar compreender o sentido dessas dificuldades e não se deixar intimidar por elas.
A cor dos olhos
Naquele tempo, que não era como o tempo de hoje, os leões já tinham quatro patas mas, tal como os elefantes, não podiam meter-se por dois caminhos ao mesmo tempo!
Naquele tempo
naquela aldeia
havia Fati e Issa.
Fati dormia deitada numa esteira, sempre de barriga para baixo. Durante esse tempo, Issa sonhava deitado de costas, na cabana da mãe. Continue a ler “A cor dos olhos”
As pessoas têm tendência para se alhear dos sofrimentos dos outros ou para os minimizar. Aqueles que vivem sem dificuldades esquecem que há pessoas em situação de grande pobreza, e aqueles que têm saúde não apoiam os que estão doentes. É necessário aprender-se a sentir compaixão.
Um gato debaixo do pinheiro de Natal
Porque a vida habitava nela, a possuía, a menina reconhecia a morte inscrita no reverso de qualquer momento de felicidade, de qualquer instante feliz. Brincava no cemitério como se fosse um jardim. Continue a ler “Um gato debaixo do pinheiro de Natal”
A vontade de se evidenciar foi sempre muito forte nos adolescentes, que se divertem com o perigo e com a transgressão. De lamentar que não se lembrem de que, para muitos, isso levou à doença e à morte. A atitude de desobediência face às orientações dos professores costuma ter como resultado a falta de aproveitamento e consequente ignorância. O que é igual a um futuro sem perspectivas.
Clara vive no Brasil.
Não possui quase nada. Tem pele de âmbar e cabelos pretos. Veste uma t-shirt grande e, nos pés, traz sandálias de borracha, faça chuva ou sol. Continue a ler “O tesouro de Clara”
Existem graves situações de injustiça social, criadas por aqueles que não têm escrúpulos em enriquecer à custa da pobreza de muitos. Quando se trata de dinheiro, os homens facilmente esquecem os seus princípios morais, embora gostem de exibir em público uma imagem de respeitabilidade.
A Sombra
Nos países tropicais o sol queima de uma forma terrível! As pessoas ficam trigueiras como o acaju e até escuras como os negros.
Vindo do seu país frio, chegara a uma destas regiões quentes um sábio que julgava poder passear ali como na sua terra; mas cedo se persuadiu do contrário. Viu-se obrigado, como qualquer pessoa razoável, a fechar-se durante o dia em casa. Esta parecia sempre adormecida ou abandonada. De manhã à noite, o sol brilhava por entre as casas altas, ao longo da pequena rua onde ele morava. Era insuportável! Continue a ler “A Sombra”
Aqueles que prometem e não cumprem, que são uma coisa nas palavras e outra nos actos, aqueles que mudam de acordo com as conveniências do momento, acabam por transformar a sua vida numa farsa, da qual não sairão incólumes.
A fita vermelha
Eu tinha começado a ensinar. Era muito nova então. Quase tão nova como as meninas que eu ensinava. E tive um grande desgosto. Se recordar tudo quanto tenho vivido (já há mais de vinte anos que ensino), sei que foi o maior desgosto da minha vida de professora. Vida que muitas alegrias me tem dado. Mais alegrias do que tristezas. Continue a ler “A fita vermelha”
Adoptar o princípio de mentir sempre que convém atrai a desconfiança dos demais e leva à solidão. Quem engana acabará por ser enganado, porque quem semeia joio não pode colher trigo. Nada é mais importante do que uma consciência tranquila, embora o caminho da verdade nem sempre seja fácil.
O caminho para a verdade
A chuva que caía há dias parara finalmente nessa tarde. Um suspiro de alívio percorreu a turma toda. Os rapazes sabiam agora que o jogo de futebol, há tanto tempo ansiosamente esperado, poderia ter lugar e já não seria cancelado por causa do mau tempo. Continue a ler “O caminho para a verdade”
É de lamentar a falta de sentido de responsabilidade de muitos jovens, que alegam o direito à liberdade, sem perceberem que esta se torna um conceito vazio quando não é acompanhada por uma atitude atenta e responsável. Aqueles que, no exercício da sua liberdade, não respeitam os direitos dos outros dificilmente poderão viver em sociedade, sem atrair para as suas vidas problemas de toda a índole.
Apenas um rapaz
Era uma vez um rapaz bravio que gostava de pregar partidas e fazer matulices, só por embirração. Era muito antipático este rapaz.
Mas emendou-se. Eu conto como foi. Continue a ler “Apenas um rapaz”
A cólera obscurece a mente e impede o raciocínio. Cria situações insustentáveis, das quais todos saem prejudicados. A paciência é uma virtude fundamental, que se deve pôr em prática diariamente, porque as contrariedades são inevitáveis e é um erro perder-se a compostura por causa delas.
Quase me bateu
Esta história começa em 1947. Era um belo dia de Primavera e encontrava-me na Florida a lavrar um campo para um amigo. Fora objector de consciência durante a Segunda Guerra Mundial e estava muito feliz por voltar a casa e ao trabalho do campo, a que já me dedicava antes da guerra. Continue a ler “Quase me bateu”
É bom pensar-se de vez em quando nas muitas crianças e adolescentes de todo o mundo que não podem ir à escola. Talvez assim se venha a dar mais valor ao privilégio que é poder-se estudar, descobrir coisas novas sobre a realidade e crescer intelectual e emocionalmente. A ignorância é caminho para a miséria. Aqueles que nada querem aprender tornam-se presas fáceis de uma sociedade materialista, que ilude e explora, em vez de ajudar a crescer.
Chico
Chico vive numa aldeia perdida num dos muitos países de África. Podia ser em Angola, no Senegal ou no Ruanda. Podia chamar- se Chico, Abuabar ou N’gouda. Há muitos Chicos em África. Chicos de olhos brilhantes e pés descalços, com a cabeça povoada de sonhos, com vontade de ter um futuro para viver. Continue a ler “Chico”
A honestidade é encarada como um obstáculo por aqueles que querem subir na vida e não olham a meios para atingir os seus fins. Surdos à voz da consciência, caminham deixando atrás de si um rasto de sofrimento e de revolta, até se verem, por fim, num beco sem saída.
Ana e a galinha pedrês
Esta história passou-se na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. A comida era escassa. As pessoas, sobretudo as crianças, alimentavam-se mal e andavam sempre esfomeadas. Continue a ler “Ana e a galinha pedrês”